segunda-feira, 17 de maio de 2010

IT TAKES TIME TO CHANGE

Não tinha mais essa de que garotos crescidos não amam, o que aconteceu foi que se pegou em meio ao nada, num tenro momento escrevendo pra um amigo imaginário, e naquele instante queira fazer daquilo sua realidade, folheava o Aurélio em busca de sinônimos mais complicados para poder se explicar com a destreza de quem conhecia bem a língua ou talvez pela vontade se se sentir mais inteligente, interligado.
Na carta cujo o endereço do destinatário estava em branco havia mais do que um garrancho de solidão e desejo, mais que um grito afanado de angustia e desabafo, havia entre a tinha da caneta e as linhas do papel uma vida inteira, uma vida de sonhos, de vontade de ter, de ser, de querer ser.
Uma frase em especial se destacava entre aquele emaranhado de traços de cor anil, IT TAKES TIME TO CHANGE, sobre o que era? sobre ele mesmo e sua solidão, ou sua alegria falsamente ufanista, ou sobre seus sonhos sempre mais demorados que uma noite permitiria?; Em outra parte um pequeno trecho dizia "Cuidado, não falei isso agora porque já sei o que quer dizer, a noite mal começou e não estamos bêbados, cientes de tudo o significado das palavras podem ser pesados demais, e mesmo que seje verdade é o que eu também queria dizer, mais deixe essa vontade trangredir a noite, pra não cair na banalidade que é em si, é tão verdade, é tão sincero que não digo, não quero que seje comum, deixe trangredir".
Por fim guardou a carta em uma gaveta, tendo a certeza de que forá enviada o destinatário certo.

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