sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vicky e Natasha

Bastava conhecer as duas ou parte delas para saber que eram perfeitas uma para a outra.
Tudo começou num dia quente de verão não há muito tempo atrás, algo entre um e dois anos,
Vicky bonita como sempre de tênis all star, jeans azul Jean Michael, e seus um e setenta de altura,
Estava lá, na hora e no lugar certo, conheceu Natasha moça de personalidade forte, fatal, que costumava usar o cabelo sempre preso, mais agora não usa mais, está liso.
Naquele dia dois mundos se encontraram, naquele dia júpiter e saturno voltaram a se encontrar, guiados pela estrela Sírus, a estrela das duas. Naquele dia quente o calor se tornou um pouco mais intenso para Natasha e um pouco mais contido para Vicky, não que ela não sentia mais ela ainda não era livre, tinha um namorado, uma vida, um historia.

Mesmo que os astros com todo o seu poder se opunham, eram feitas uma para a outra,
Natasha de aquário simpática e leal, original e brilhante, independente e totalmente imprevisível.
Vicky possuía todo o magnetismo escorpião, emotiva, decidida, apaixonada, obsessiva e teimosa.
Natasha gostava sonhar e planejar um futuro feliz e assim como todos rejeitava a idéia de promessas vazias e de sentir-se só.
Vicky levava consigo toda a paixão e sensualidade do signo. Sua intensidade de sentimentos faz com que suas relações amorosas sejam profundas, mágicas e, às vezes, trágicas.

Entre Vicky e Natasha não poderia se dizer que era bem uma relação amorosa profunda, mais com certeza poderia se dizer algo sobre ser mágica e, às vezes, trágica.
Desde as primeiras palavras, trocados em algum lugar que Natasha lembrava bem, bem como lembrava a cara de sono que Vicky usava naquele dia, e durantes os dias e dias seguintes, ficaram marcadas conversas, sonhos, planos.

- O céu está lindo hoje, olha
- Vejo Sírus
- Vejo a lua,
- Está linda
- Eu quero
- Eu também quero a lua
- Não, eu quero você


Conversavam sobre tudo, de origami a arroz doce japonês caramelizado, de estrelas da música a estrelas do céu, de balas coloridas em formato de urso até coisas da vida, se aproximaram muito, e sempre que se encontravam, casualmente ou não, o corpo de Natasha estremecia, e ainda estremece, por nervosismo, surpresa, amor. Encontravam-se as segundas em Sírus, as terças em algum cometa, as quartas em algum planeta, as quintas na grama, as sextas no céu, aos sábado e domingos apenas em sonhos.

- Como você está?
- Bem
- Apenas bem
- Sim
- Está me evitando é isso?
- Talvez
- Por quê?


Evitava por medo de chorar, chorar por vontade, de ter, abraçar, cuidar. Evitava, pois a lembrança do único e ultimo beijo, quente, demorado e diferente ainda a fazia delirar, pois os abraços, sempre foram menos demorados do que o esperado, já não eram suficiente. Evitava mais ainda assim não conseguia esconder, pois até hoje, em uma sauna que estiveram um dia, o eco ainda repete a razão de tanto evitar “Por que eu gosto de você. Por que eu gosto de você.”

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