domingo, 27 de fevereiro de 2011

Apolo

Apolo andava apressado, numa mão seu arco na outra flores, seguia em passos de Ártemis com sombras de algum rel a mal dobrado. Não estava sendo forçado, e se forçado fosse seria esse seu dano, buscava não mais que um vão contentamento, buscava a resposta de seus pensamentos.

"Porque menos mal seria se não tivesse ido a luta?" Tinha como aliado a beleza e seu oráculo de Delfos.Era imberme, no ague do seu vigor, estava nu apenas um manto carmim sobre os ombros, no peito tatuado uma serpente e um corvo e nas mãos as flores que antes trazia estavam se despedaçando junto com o sangue que os espinhos arrancara.

O campo de batalha estava vazio, sentou e chorou, sofreu sua crueza em silencio, das flores cujo os espinhos haviam lhe cortado a mão nasceu uma lira, e das lágrimas brotou-se um rio onde Apolo se afogou dando fim a seu tormento.

Porque pior seria se tivesse que sentir a dor da ausência eternamente.

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