terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Arrisque-se


As vezes você se depara com determinadas coisas não porque elas estão ali, mas sim porque você quer que elas estejam ali. E como navegar sem um destino, sem um porto fixo pra onde remar e sem ter um lugar onde poderá ser amparado, você se apega nas lendas e nos deuses do mar, não pela sua existência mas pela necessidade de ter fé em algo, fé que alguém irá lhe salvar do naufrágio, seja no mar ou em qualquer outra luta não há nada pior do que insistir sem fé nenhuma.

Em outras vezes você se depara em situações maiores, onde você se é o centro de tudo, o interlocutor entre a prece e a fé, entre o remo e a agua, unindo em si todas as pequenas coisas capazes de lhe tornar grande, e você acha uma grande piada disso tudo. Você pensa que os homens se levam a sério demais, e que é esse o pecado original do mundo, pois você sabe que quando se ri junto as coisas podem ser diferentes, mesmo quando é você o centro do seu próprio ciclo do ópio.

Independente das vezes que você se encontrar, sejam elas claras ou não, sejam diante de algo grande ou pequeno, seja você esse algo grande ou pequeno, seja na terra, na lua, em mercúrio ou plutão, se dê ao desfrute.
Arrisque-se

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