Não era dia de festa, era um dia normal, mas ele se vestiu de amarelo. Se sentia feliz assim, vestido de sol, com bordados na cabeça e tranças que caiam sobre o manto reluzente tal como era o ouro que carregava em suas mão. Exceto pelas manchas, a jóia estava se enferrujando, e como se é sabido com o ouro desses verdadeiros mesmo, não acontece isso.
A vida tem dessas coisas, mas pra ele não importava que o anel estivesse manchado, independente da cor o sentimento continuava ali, o que ele representava ou representou algum dia era mais duradouro que o brilho do metal precioso ou da fugacidade da lata.
Não era bom ver que pouco a pouco cada vez mais o que era dourado ia se escurecendo, mas não importava, ainda que chegasse a um cinza total o elo continuaria ali, se um polimento resolveria? Talvez. Mas naquele dia, que não era um dia de festa. Ele estava feliz e seu coração brilhava mais que o ouro de um anel barato, comprado na Afonso Pena.
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