sexta-feira, 9 de setembro de 2011

18:00

VII

Pela sacada a cidade parecia sempre a mesma, diferente de quando se está lá embaixo junto a multidão. Nossos corpos, caras e almas estavam limpas, em paz longe de tudo perto de nós, se é que aquele principio de um novo Big-Bang poderia ser chamado de paz; digo principio de Big-Bang porque de fato era inegável que toda aquela energia cósmica que se acumulava a cada toque, a cada beijo, a cada fio de cabelo do corpo que se arrepiavam na presença do outro, poderia a qualquer momento explodir de tal forma que os normais não seriam capazes de explicar.

As noites chegavam sempre da mesma forma, junto com o barulho dos carros, as ruas repletas de gente, e nós dois olhando pela sacada, olhando pra nada em especial, apenas deixando o tempo passar, pessoas na faixa, carros na faixa, pessoa, carros.. movimento continuo... tudo parecia questão de manter a calma, o tempo passou e a gente continuou.

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